Há noites em que eu gostaria de embarcar e, singrando o mar, esquecer que o dia foi dia.
Há noites em que é mais forte o lesto e vago desejo de sumir do mundo e de mim mesmo.
Há noites em que eu mal me reconheço.
Como se eu não fosse mais parte dessa Terra,
Como se eu não fosse mais parte do que almejo,
Ou como se um abismo se instaurasse no verdume dos meus olhos
E escurecesse tudo e tudo que desejo.
Há dias em que me encontro com o que não tenho,
Outros em que sublimo o que sei e finjo que esqueço.
Mas também há momentos em que todas as farpas eclodem,
de modo assaz e competente,
para me sangrarem o peito...
Como se eu não fosse digno de qualquer piedade,
Como se nada em mim tivesse importância,
Como se o amor já não me abraçasse,
Como se eu já não fosse esse que mora dentro de mim mesmo.
Que lindoooo, Oscar!
Me identifiquei total... 😃Acho que esse "sentir" não é uma dificuldade apenas sua, NÃO!😉
Esse poema bateu em mim, como aquelas músicas que parecem ter sido feitas para a gente, sabe como é que é, né?
Ainda bem que entre uma noite dessas e outra.... tem sempre um Sol brilhando e nos lembrando que a vida é bela! 🌞😜💓
Excelente o poema, muito bem escrito e um pouco pesado, porém super verdadeiro também. Tem dias e momentos em que todos nos sentimos assim, pena que são poucos que conseguem transferir isso para palavras, parabéns
Olá
Muito lindo o poema, descreve muito o que ando passando no momento e parece estar sendo uma constante nesse mundo em que vivemos
Olá, tudo bem?
Seu poema está carregado de sentimentos, como sempre, e mais uma vez tocou meu coração. Acho que me identifiquei com o narrador, pois muitas vezes já tive essa sensação, essa coisa esmagadora, que parece nos consumir aos poucos. Parabéns, muito bom!
Beijos!