À toda forma de amor
O espaço à dor é certo.
Pois é certo que não há cor
Em tela, de cuja tinta, o
Próprio quadro é liberto.
Se preservas a dor, o
Rancor, és incorreto.
Pois não vives o amor, o
Teu amor é paraplégico.
Se preservas o amor, o
Teu amor é bem mais certo.
Visto que amor e dor
É coisa simples. É o
Que toda a gente já viu de perto.
© Copyright, 2013 Oscar Calixto - Todos os Direitos Reservados.
Muito legal esse soneto, bem escrito.
Todo amor que não se demonstra, de certa forma não se mostra, é paraplégico, hoje em dia temos que esconder toda forma de amor e admiração que se tem por uma pessoa, infelizmente.
Ai, Oscar!
Que coisa mais linda é essa? Emociona pelas palavras carregadas de sentimentos e pela fotografia que também está belíssima! Amor e dor são duas coisas inseparáveis mesmo! Parabéns! Beijão!
Olha aí, acordar tomar meu café e ler teu poema. Poucas coisas são tão simples e causam ótima sensação. Nesse ser já se conhece amor e dor, mas o amor se demorou e ainda há resquícios dele. Ainda está preservado. Obrigada por compartilhar tuas palavras.
Parabéns pelo soneto. Muitas pessoas não sabem que para ser soneto só precisa ter 14 versos, e não toda aquela estrutura camoniana.
Adorei a temática apresentada e concordo com a visão do eu-lírico. Afinal, todos amamos e sofremos em algum momento por causa disso, mas guardar rancor não serve de nada e só bloqueia nossa visão para novos horizontes.