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Alfredo Kalles Jr. entrevista o ator e escritor Oscar Calixto

Sou membro da APALCA desde novembro de 2011. A Minha entrada à academia está ligada à Publicação do livro “Sobre Homens e Abismos” que fiz em 2008 pela Editora Baraúna. Desde 2008 ele está sendo vendido. Após o lançamento, saíram matérias em “O Jornal” e na “Tribuna do Sertão” que são dois periodicos Alagoanos. A presidente da APALCA viu, solicitou toda a minha obra, analisou e me fez o convite.

Alfredo Kalles Jr. entrevista o ator e escritor Oscar Calixto

A Coluna Alfredo Júnior traz uma entrevista com o ator, diretor e escritor Oscar Calixto.

Membro da Academia Palmeirense de Letras, Ciências e Artes (APALCA), ele é citado como um dos mais jovens nomes a integrar uma Academia de Letras no país.

Calixto, que lançou recentemente o livro “Sobre Homens e Abismos”, neste bate papo fala da carreira e de seu mais novo projeto, o “Neuróticos”. Leia:

Desde quando você é membro da Apalca e que atribui sua entrada à academia? Sou membro da APALCA desde novembro de 2011. A Minha entrada à academia está ligada à Publicação do livro “Sobre Homens e Abismos” que fiz em 2008 pela Editora Baraúna. Desde 2008 ele está sendo vendido. Após o lançamento, saíram matérias em “O Jornal” e na “Tribuna do Sertão” que são dois períodicos Alagoanos. A presidente da APALCA viu, solicitou toda a minha obra, analisou e me fez o convite.

Como e quando são as reuniões da instituição? As reuniões da APALCA acontecem toda semana em Alagoas. Eu acompanho por e-mail já que, por estar distante, assumi a função de Membro Correspondente. Mantenho-os informados sobre o que acontece por aqui à nível cultural, sobre minhas novas pesquisas e criações e divulgo o que acontece na Academia de maneira geral. As reuniões normalmente são bem ecléticas. Nas reuniões discutem-se assuntos a cerca da economia criativa e, sobretudo, de atualidades culturais.

E como você digere a informação da possibilidade de se tornar o membro mais jovem das academias de letras do país? Esse lance de ser membro de Academia de Letras, em si, nunca esteve nos meus planos, confesso. A primeira vez que me convidaram para uma Academia de Letras afim de que eu apresentasse o meu trabalho literário foi aqui no Rio mesmo. Fui lá, apresentei tudo, mas não fui admitido justamente por causa da idade. Alegaram que eu não poderia ocupar uma cadeira pelo fato de ser muito jovem. Como eu tinha ido à convite, não criei nenhuma expectativa. Na verdade, fiquei bem surpreso com o convite. Que não tinha nada a ver com meus planos objetivos dentro da arte. Nunca procurei nenhuma academia e nunca tive grandes pretensões como escritor.

O que aconteceu foi que tiveram acesso às minhas obras devido a algum destaque que fui ganhando em concursos de literatura. Até que um belo dia recebi um e-mail do Roberto Del’Secchii, membro da Academia “Rio Cidade Maravilhosa”, falando da possibilidade de me tornar membro. Ele bem que tentou, mas como nada deu certo, diante da comissão avaliadora da academia, principalmente por causa da minha idade na época (e isso ficou bem claro), eu segui a minha vida.

Então, logo em seguida, publiquei o Sobre Homens e Abismos e, para a minha surpresa, quase quatro anos depois, recebi o convite da Isvania Marques (Presidente da APALCA). A Academia avaliou a minha obra e me admitiu como membro correspondente em Alagoas. Na minha cabeça ainda é um pouco louca essa idéia porque não considero que minha obra tenha chegado ao seu ápice. No entanto, a idéia de estar sendo considerado o mais jovem membro de Academia de Letras do país me deixa feliz. Sinto-me abrindo portas para outros escritores da minha idade.

Agora vamos falar de cinema. Como foi sua partipação no longa “O Abajour”? Fazer “O Abajour” foi muito bacana. Como ator encarei o prato cheio que é “viver um vilão, um antagonista”. Eu tive muita abertura para propor, o que é uma coisa ainda rara no cinema, teatro ou televisão. O Cardoso, personagem que fiz, que era um policial corrupto foi ganhando corpo durante os ensaios. Como eu não conhecia o diretor, acho que ele foi me sentindo nesse período e, assim, foi modificando o Cardoso de acordo com as propostas cênicas que eu ia fazendo. O Cardoso virou um vilão depois, quase que de última hora. No início ele era um polical bom, depois foi que verificou-se que seria muito melhor se a bondade do Cardoso fosse uma grande farsa. E foi aí que o Cardoso assumiu quase que uma dupla personalidade.

Sei que tem outro projeto vindo aí né? O que você me fala de Neuróticos? O Neuróticos é um espetáculo para o qual estamos em busca de Patrocínio. O espetáculo está sendo produzido em parceria com a B&C PRODUÇÕES ARTÍSTICAS, PATOTA PRODUÇÕES e com a MÃE JOANA FILMES E PRODUÇÕES. Nós temos o projeto aprovado pela Lei Rouanet que, pra quem ainda não sabe, é uma lei Federal de Incentivo à Cultura. Através dela, o patrocinante pode dar até 4% do seu Imposto de Renda (IR) em foma de patrocínio para o espetáculo e o Governo Federal faz a dedução fiscal em até 100% do valor do Patrocínio. No nosso caso, o projeto foi enquadrado no artigo 18 da Rouanet, que garante a dedução dos 100% do patrocínio.

Para as empresas, de modo geral, a Rouanet é maravilhosa, já que o Patrocinante apenas concede um dinheiro que iria para “o Leão”. Ou seja, ela não tira nada do próprio bolso. E ainda sai lucrando com as ações de divulgação e mídia do espetáculo além, é claro, de praticar o endomarketing, prática que é muito comum em empresas de países desenvolvidos. Nós também optamos por fazer uma temporada na cidade do patrocinador que conceder 50% ou mais do valor do projeto, como uma maneira de agradecimento à empresa por nos proporcionar a possibilidade de realização do espetáculo. Assim, todos os seus funcionários poderão prestigiar o espetáculo gratuitamente, claro. As empresas interessadas podem acessar o blog do Projeto através do site: www.projetoneuroticos.com. No site, é possível encontrar todas as informações necessárias. Também é possível fazer download do projeto para avaliação. No blog, explicamos a lei de maneira mais clara e deixamos um e-mail de contato para os interessados. O link é: www.projetoneuroticos.com. O projeto é de minha autoria e nele assino texto e Direção.

O que você tem lido ultimamente? Tenho lido muitas coisas. Desde que assumi a cadeira na APALCA recebo textos e livros de todo o país. Tento ler tudo, às vezes não dá, então deixo numa pequena pilha que tenho de “coisas para ler”. Mas, de literatura conhecida, ultimamente tenho investigado algumas obras do Proust, conhecia pouquíssimo e agora estou me permitindo um pouco mais desse grande escritor.

Quais escritores brasileiros você considera os melhores das últimas décadas? Olha, um dia desses, eu desmistifiquei essa coisa das modalidades de um escritor. “Dramaturgo, roteirista, romancista, teledramaturgo” para mim, todos são artistas e, sobretudo, escritores.

Então quando me perguntam quais os escritores que eu gosto, às vezes dou o nome de um Dramaturgo. Daí me dizem “Mas ele é Dramaturgo”. Então eu digo “e…” Porque eu quebrei esses parâmetros de categoria na minha cabeça. Para mim, todos lidam com a palavra escrita, portanto todos são escritores, independente da sua modalidade. Sem sombra de dúvidas o maior de todos é Jorge Amado. Ele é comparado ao Górki da Rússia! E, na minha opinião, é mesmo o maior de todos os tempos. Entretanto, existem outros como Nelson Rodrigues, que este ano comemora seu centenário.

Como escritor, um dos principais contribuintes da dramaturgia nacional. De obra única, própria e irremediavemente atemporal, ele continua a ser um dos grandes. Fora esses também gosto muito de um escritor não tão conhecido, mas que certamente conquistará seu lugar na literatura nacional, o nome dele é Roberto Márcio Pimenta. Tem muita coisa desse escritor que o público e a própria mída desconhece.

E cineastas? Pra te falar a verdade, sou meio suspeito para falar de cinema, posto que sou muito eclético, vou de Pudovkin e Glauber Rocha à Tim Burton fácil! Dos Brasileiros eu gosto muito do Meirelles, do Claudio Assis, do Babenco, do Dhalia e de alguns que tenho descoberto. Recentemente descobri um diretor que achei incrível. Trata-se de Nélio Ferreira Lima que dirigiu “O País do Carnaval”. Esse filme é dos anos 80, mais ou menos…. Achei o Nélio incrível… Dos estrangeiros, sou absolutamente encantando com a originalidade do Almodóvar e do Kieslowski. Takovsky não comento, porque ele é mais que um diretor, é uma escola!

Qual a forma de patrocinadores entrarem em contato? Os patrocinadores que tiverem interesse em vincular sua marca ao Projeto “Neuróticos” ou outras produções que estou colocando em andamento podem entrar em contato com a produção através de três canais: pelo site da B&C Produções Artísticas (www.bcproducoesartisticas.com ) pelo site do projeto: www.projetoneuroticos.com ou através do meu próprio site (www.oscarcalixto.com.br)

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