Escondes teu olhar Atrás do desenho lento Da fumaça do teu cigarro. Exalas um exercício sedento De amar através do espasmo cretino De ser, mas de nunca estar. Procuras persuadir minha alma Com a violência libertina do teu desejar. E, de todo meu ser, o que resta, é apenas O querer te encontrar. Por mais curiosa que pareças, Não observas nada. E, resta à mim, te observar. Reparar as tuas curvas, Reparar a tua pele, Reparar cada passo e movimento Que fizeres neste ou em qualquer outro lugar. Aqui, onde estamos, Unicamente o que sobra é essa troca: De olhar para olhar. Resta-me, antes de tudo, O estado mais profundo do querer E sonhar, em você, estar. Escondes teu olhar Atrás desse sorriso pouco sincero, Da tua sedutora pose delicada E do desenho lento da fumaça desse teu cigarro. E, desse encontro casual, O que me resta é apenas te observar. Esperando que algum dia, em você, eu possa estar.
ACCIDENTAL MEETING
You hide your look Behind the slow drawing Of the smoke of your cigarette. You exhale a ambitious exercise To love through disguise Of being, but never being. Searches to persuade my soul With the libertine violence of your desire. And, of all my being, what it remains is only The fondness to find you. For most curious than you seem, You do not observe nothing. And, remains me, to observe you. To repair your curves, To repair your skin, To repair every step and movement That you make in this or any another place. Here, where we are, Solely what surplus is this exchange: Of to look at to look at. It remains me, before all,
The state deepest of the fondness, And to dream, in you, to be. You hide your look Behind this little sincere smile, Of your seductive and delicate pose And of the slow drawing of the smoke of your cigarette. And, of this accidental meeting, What it remains me is only to observe you. Waiting that some day, In you, I maybe will can stay.
