(Starry Night - Vicent Van Gogh)
A terra em que andamos
É terra conhecida; lugar em que nos criamos;
É, portanto, terra fria. Sem nada novo, é nostalgia.
Mas se tem o homem a ousadia,
Procura as terras onde o conhecimento é agonia.
Porque, em terra comum, não se encontra
Flor que em jardim já não esteja pronta.
E se a terra não é terra que se precise remexer...
Nada cria o homem; apenas vê nascer.
Então que ande, quem deseja criar, em busca de novas terras,
Em busca de um novo lugar
Um lugar não visitado e incomum.
Visto que quem não busca, erra
Por não ver nascer a flor
Que, de suas mãos, Desabrochou.
Querido, que belo poema!!! Explora duas ideias de uma forma bem interessante: a ideia da criação a partir de uma certa ideia do nomadismo (uma ideia muito cara a Nietzsche, por exemplo) e a ideia de essa mesma criação como um ato de semeadura/plantio (mais do que de lavoura, aqui neste poema, já que depois de lançada na terra a vida, o ser que busca erra e não vê a flor que desabrochou de suas mãos). Aliás, esse final do seu poema me parece uma metáfora bem precisa para o ato de leitura/recepção, que é o que faz texto/criação desabrocharem para além das originais intenções de quem produz a obra...
Gostei muito de me deparar com essa leitura. Obrigado!!!
Abraços!
Olá!
Parabéns pela escrita, adorei a poesia!
Beijinhos||Psicologia de Boteco
www.psideboteco.blogspot.com
Oi, Adriana! Ah, que bom saber disso, querida! Volte sempre! Os textos só sobrevivem do leitor! Obrigado a todos pelo carinho! Vocês são muito especiais!
Oi Oscar!!
Gosto muito dos seus textos. Você tem muito talento para escrever e eu admiro muito quem sabe nos fazer sentir através das palavras. Parabéns!!
Bjs
https://almde50tons.wordpress.com/