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Blog Dois Pernods

Sonhos e nuvens

Atualizado: 14 de ago. de 2022



Não te cosi desconfiança de que minha alma é nuvem.

O vento que nela sopra tem o estranho costume de me arrastar pelos pulsos

e me colocar em sonhos.

Estes, desenvolvo nos lençóis do amor e da ternura.

Chego à conclusão de que este mal não tem cura.

Pois de cada sonho que construo, outro sonho se costura.


Vivo da fartura de construir sonhos diários,

Quase sempre parecidos,

E outros tantos meio raros.


Viver assim não é fácil.

Trabalhar em sonhos é um verdadeiro percalço:

Nuns dias derramo chuva pelos olhos,

Noutros tantos me banho sorrindo na chuva.

É então que me desfaço e me refaço entre o abstratismo de todos os sonhos

E a concretude de nuvens que se espalham sob o sol diário.


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