Apesar de ainda não haver concluído a leitura, super indico o presente livro, visto se tratar de uma excelente reflexão acerca do que vem a ser conhecimento e qual a sua finalidade.

Escrito pelo educador e sociólogo francês Edgar Morin, o tema da obra é a fragmentação do conhecimento, sendo que a inspiração do autor foi uma frase de Montaigne que consiste em: "mais vale uma cabeça bem feita do que uma cabeça cheia", sendo que a obra foi construída a partir de uma série de jornadas pedagógicas interdisciplinares relacionadas ao ensino e à educação ao qual o autor foi convidado a coordenar.

O livro se configura num discurso que preza pela liberdade, levando a reflexão e desconstrução de um sistema existente, que prioriza a educação formal, em detrimento das vivências, experiências, percepções...

Alegria garantida aos adeptos da filosofia de Paulo Freire, que irão reconhecer as semelhanças, visto que ambos encaram o ensino e a educação como formas de luta, enfrentamento e transformação.

Em resumo, o livro nos traz a reflexão de que o conhecimento não basta em si, só valendo se for contextualizado, em conformidade com a realidade local, nacional, mundial, pois, conhecimento "empilhado" não leva ninguém a lugar algum, mas sim, o que nos move, é conhecimento como forma de transformação.