SER, MULHER
Nasci mulher e assim me reconheço!!
Mas existem algumas que não nasceram com o sexo feminino, mas que assim se reconhecem e que por isso, não são menos mulher, sendo que o vale é que em ambos os casos, merecemos respeito!!
Mulher nunca foi sinônimo de sexo frágil, de dependência...Muito pelo contrário, é força, é poder, é luta, é busca... Ser mulher é algo mágico, que só sabe quem o é (de nascimento original ou tardio).
Apesar de fortes, mantenedoras, de chefes de família, somos desrespeitadas todos os dias, por uma sociedade com resquícios de patriarcado, por uma sociedade machista, homofóbica, que considera mulher como objeto, como coadjuvante, como propriedade, que acha que mulher não tem vontade, já que diariamente nos deparamos com casos de mulheres que são violentadas, espancadas, torturadas, mutiladas e mortas, impossibilitadas que são de dizer NÃO, de não mais se permitir viver em relacionamentos abusivos e por buscarem se libertar dos seus algozes disfarçados de maridos, irmãos, companheiros, pais...
Somos pessoas, livres, independentes, fortes, sonhadoras, senhoras do nosso destino, da nossa felicidade, sendo que apesar de pobres, não somos fáceis; de ricas não somos fúteis, não somos culpadas do assédio e de outros crimes a ele relacionados, por usar roupas curtas ou decotadas, não precisamos de julgamento ou de apelidos pejorativos como: loira burra, mulher fatal, nega maluca!
Buscamos e queremos respeito; e não parabéns, flores, chocolates, não queremos mais ouvir: “já pode casar”, “tinha que ser mulher”, “lugar de mulher é na cozinha”, “sente igual a uma mocinha”, "só pode estar de TPM’, dentre outras frases que aparentam ser inofensivas, mas que em verdade, carregam toda a carga de submissão e preconceito para com o gênero, e que só visam reforçar o sentimento de que mulher é algo menor!
Respeito é o que queremos, igualdade de direitos, porque igual somos! Queremos exercer o direito de ir e vir, de namorar quem quisermos, de não namorar, de vestir o preferirmos, de trabalhar e receber salários dignos, de falar da nossa sexualidade, enfim, de ocupar espaço nas letras, nas ciências, nos esportes, na política, enfim, queremos ser felizes, sendo o que quisermos ser, de presidente a mãe, de professora a dona de casa, queremos ser MULHER, sem carregar esse fardo histórico de violência, submissão, desrespeito, desigualdade....
Não precisamos de uma data para nos lembrar do que somos, pois, nossa luta é diária, é silenciosa (às vezes barulhenta) estamos numa guerra e cada batalha vencida deve ser comemorada, pois historicamente já temos muitas vitórias, mas, precisamos de mais, muito mais, já que apesar de estarmos longe de vencer, estamos também, longe de desistir!